segunda-feira, 21 de junho de 2010

Iberê Camargo

Caros Amigos

Acredito que a contratação do Siza para fazer o “novo lar” de Iberê Camargo tenha sido um equívoco. Notando o grande espaço dado pelo jornal “O Estado de São Paulo” no último domingo (25/05/08) enviei ao mesmo, para a seção – Forum leitores – um texto que discute esse fato.

Fiquei surpreso, mas minha opinião foi publicada em 29/05/08.

O texto em pauta segue abaixo.

Um abraço

Chico

NOVO LAR PARA IBERÊ

Lendo a notícia publicada por esse jornal em 25/05/2008 – Novo lar para Iberê – me chamou a atenção o processo de contratação do Arquiteto Álvaro Siza para elaborar o projeto arquitetônico desse novo “lar”. Dois aspectos me pareceram discutíveis.

Primeiro, “Foi feita inicialmente uma lista de 10 possíveis arquitetos para tal tarefa (todos estrangeiros)”. Pergunto: o que leva uma instituição brasileira, ligada à produção de um artista brasileiro, procurar profissionais fora do país para elaborar um projeto arquitetônico?

Segundo, “como diz JustoWerlang, [...] a idéia era chamar um profissional que tivesse experiência ampla com construção de museus, o que não ocorria na cena brasileira”. Sem nenhum chauvinismo barato, acho essa justificativa bastante estranha, mesmo porque demonstra total desconhecimento do processo de elaboração de um projeto arquitetônico e, além disso, mostra não conhecer a arquitetura brasileira. Faltaria no currículo de Paulo Mendes da Rocha (assim como Siza, prêmio Pritzker de 2007) ou no de Oscar Niemeyer (também prêmio Pritzker) museus de repercussão mundial, para que seus nomes nem fossem aventados? Todos nós sabemos que não!

Fico, então, me perguntando por que as pessoas não se colocam com clareza? Sabe-se que, por exemplo, o Guggenheim de Bilbao colocou aquela cidade no roteiro turístico mundial além de ter garantido grande espaço na mídia. Seria essa a intenção dos representantes da Fundação Iberê Camargo e de seus patrocinadores?

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