segunda-feira, 21 de junho de 2010

O PROJETO ARQUITETÔNICO E QUALIDADE DA EDIFICAÇÂO

O PROJETO ARQUITETÔNICO E QUALIDADE DA EDIFICAÇÃO.

(artigo publicado na Revista Pós / FAUUSP / dez 2008 / nº24/ pág. 162)

Autor:Francisco Segnini Jr.

Prof. Dr. da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

Universidade de São Paulo

Resumo

Este artigo trata do desprezo que a construção civil para mercado tem para com o projeto arquitetônico, fundamental da qualidade de uma edificação. Os programas de qualidade, tais como o PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat) e ISO-9000 nunca perguntam sobre a qualidade do espaço arquitetônico a ser edificado. Neste sentido serão feitas considerações sobre qualidade do projeto arquitetônico, seus aspectos objetivos e subjetivos.

Palavras-chave

Arquitetura, qualidade, mercado, habitat, produtividade.

Abstract

This article treats the scorn that the civil construction for market has for the architectural project, fundamental aspect for quality in constructions for human habitat. The quality programs, like the PBQP-H (Brazilian Program of Quality and Productivity of the Habitat) and ISO-9000 never ask on the quality of the architectural space being built. In this sense considerations will be done on quality of the architectural project, his objective and subjective aspects.

Key words

Arquitecture, quality, market, habitat, productivity.

Resumem

Este texto trata el desprecio para el cual la construcción civil para el mercado tiene con el proyecto arquitectónico, aspecto básico de la calidad en construcción. Programas de calidad, como PBQP-H (Programa Brasileño de Calidad y Productividad del Hábitat) e ISO 9000 nunca preguntan sobre calidad del espacio arquitectónico construido. En este sentido serán hechas consideraciones sobre la calidad del proyecto arquitectónico, sus aspectos objetivos y subjetivos.

Palabras Clave

Arquitectura, calidad, mercado, habitat, productividad.

A profissão do arquiteto e, consequentemente, sua produção tem um caráter transversal, no sentido de que os serviços de arquitetura tocam aspectos econômicos, culturais, sociais, técnicos e estéticos da sociedade O resultado de seus trabalhos é o meio ambiente construído que representa o patrimônio do amanhã e são as edificações nas quais os cidadãos passam mais de 80% de seu tempo; representa também alto nível de investimento e a realização, a gestão e a manutenção do meio ambiente construído e que tem sobre ele o mais alto impacto de todos os setores econômicos.

Em função disso é estranho notar que o projeto arquitetônico, peça fundamental da qualidade de uma edificação, quase sempre não é considerado quando se aborda os problemas da construção civil. Os programas de qualidade, tais como o PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat) e ISO-9000 nunca perguntam sobre a qualidade do espaço arquitetônico edificado, ou simplificando, a qualidade da arquitetura e, consequentemente a qualidade do projeto, mesmo porque a qualidade da arquitetura não é o objetivo das certificações emitidas por esses programas. Além disso, essa ausência de preocupação com o projeto conduz à hipótese de que “a concepção arquitetônica não é mais que um elemento menor de um processo onde comparecem outras vontades, notadamente das organizações, dos burocratas e do cliente. Eu admiro os arquitetos que chegam a realizar belos edifícios; seu mérito está à altura de seu talento, posto que tiveram que enfrentar e suplantar inúmeros obstáculos[1].

Antes de continuar esta discussão é necessário que se discuta o que se entende por qualidade de uma edificação enquanto arquitetura. Para Zanettini “qualidade é adequação à cultura, aos usos e costumes de cada época, ao ambiente no qual a obra se insere, à evolução científica, tecnológica e estética, à satisfação das necessidades econômicas e fisiológicas e direcionada à razão e à emoção do homem[2] Assim como não se mede a qualidade de um vinho pela aparência de sua garrafa ou pela beleza de seu rótulo, não se pode medir a qualidade de uma edificação a partir das características dos materiais empregados, da aparência externa ou, ainda da economia gerada por um projeto e uma construção bem geridos. Ainda citando Zanettini, “...não há obra de qualidade sem projeto, ou melhor, sem um bom projeto. Não é possível pensar hoje a cadeia produtiva da construção sem incorporar este aspecto[3] A qualidade de uma edificação é resultado, além dos aspectos acima citados, de muitos outros, tais como:

· O bem estar do usuário, cumprindo a função principal da arquitetura que é o abrigo e a proteção do ser humano. O bom projeto de arquitetura, para que assim possa ser considerado, precisa contemplar em suas propostas as melhores condições de conforto térmico e acústico, precisa estar atento às condições de salubridade (sabe-se, por exemplo, que na cidade de São Paulo dormitórios que se abrem ao quadrante sul não oferecem condições adequadas de insolação) e não podem ser esquecidos os problemas colocados pela acessibilidade e segurança (em algumas cidades do Brasil esses aspectos já são exigências legais). Além disso, podem-se introduzir como parâmetro de qualidade os aspectos relativos à sustentabilidade e ao meio ambiente.

· Esse abrigo necessariamente pertence a um determinado momento histórico e, portanto relaciona-se com a cultura da sociedade que o produz. Assim, os espaços necessários que permitam moradias dignas são, hoje, diferentes dos produzidos em outras épocas; por exemplo, a introdução da televisão nas habitações obriga estabelecer condições de espaço mínimas para o uso adequado deste equipamento, assim como os equipamentos de cozinha exigem atualmente novas condições de dimensionamento.

C

Omplementando, o arquiteto inglês Piers Gough[4] propõe ainda outras características para determinação do que é qualidade em arquitetura. Essas características são:

· São objetos que, além da sua qualidade como conjunto espacial e construção formal, se destacam por uma relação apropriada com o contexto circundante.

· Neles se constata a presença de um conceito central que organiza o todo e sua relação com o entorno, a "idéia forte" de Louis Kahn. Esse conceito é algo que necessariamente vai além de uma resposta mecânica aos aspectos técnicos e funcionais do problema. A qualidade de uma obra arquitetônica depende não só da existência de um conceito forte, mas da consistência com que é desenvolvido e levado às suas últimas conseqüências.

· O entendimento da arquitetura como ofício, disciplina com uma tradição técnica e compositiva que deve ser do domínio do arquiteto. Toda arquitetura de qualidade mostra uma relação direta entre forma e construção, apoiada na pertinência das escolhas de materiais, técnicas e formas.

· Economia de meios; número reduzido de elementos para obtenção do máximo efeito. "O segredo da verdadeira obra de arte é obter muito com pouco"[5] .

Pergunta-se então: Porque a qualidade do projeto arquitetônico, fato gerador de qualquer obra edificada, é colocado em segundo plano?

Pretende-se aqui levantar algumas questões que talvez ajudem a explicar a ausência de discussão sobre o projeto arquitetônico.

Um dos problemas que parece que ainda existe na cadeia produtiva da construção civil é que, como informa Luiz Paulo Pompéia, “... há conflitos entre os empreendedores do mercado imobiliário com os arquitetos, verdadeiros profissionais de criação, qualificação e execução da urbanidade das cidades, o que acarreta freqüentes mudanças do partido arquitetônico dos projetos, nem sempre concluídos tal como foram concebidos inicialmente pelos arquitetos de primeira linha.[6]. Este problema repousa sobre a relação arquiteto/cliente e, com certeza, o projeto e a obra arquitetônica são frutos dessa relação. Como afirma Cuff, na “criação de qualquer trabalho arquitetônico não existem atores mais importantes que o arquiteto e o cliente”[7]. O arquiteto como profissional depende da encomenda para que possa exercer suas atividades e o cliente depende do arquiteto[8] para realizar seus empreendimentos, sejam eles necessidades de abrigo, sonhos ou instrumentos comerciais visando lucros. Essa relação nem sempre foi ou é conflituosa, como afirma Pompéia, entretanto a introdução da “lógica comercial” tem trazido consigo desencontros que, talvez, sejam os responsáveis por esses conflitos.

Outra hipótese que se pode levantar para dificultar a discussão sobre a qualidade do projeto arquitetônico é que ele, além se preocupar com os aspectos quantitativos da edificação e de suas qualidades materiais, traz consigo uma preocupação não comensurável que é a sua dimensão estética e artística. Arquitetura é uma expressão artística e como tal de difícil quantificação. A arquitetura, tal como definida em dicionário, é a “arte de criar espaços organizados e animados, por meio do agenciamento urbano e da edificação, para abrigar os diferentes tipos de atividades humanas[9]; e por arte, o mesmo autor compreende a “ atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito de caráter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação”.[10] Informa também Rino Levi que “Arte é uma só. Ela se manifesta de várias maneiras, quer pela pintura, pela escultura, pela música ou pela literatura, como também pela arquitetura. Tais manifestações constituem fenômenos afins sem diferenças substanciais na parte que realmente caracteriza a arte, como manifestação do espírito” [11]. “O arquiteto é antes de tudo um artista[12] diz Artigas ao discutir o papel do arquiteto na produção de uma arquitetura que signifique “expressão da época em que viveu[13]”, explicitando assim que não o entende somente como um profissional da industria da construção civil. Da mesma forma, Le Corbusier reitera “A arquitetura é um objeto de arte, um fenômeno de emoção a despeito das questões de construção. A construção é para sustentar o espaço construído. A arquitetura é para emocionar[14].

Outro aspecto interessante para reflexão é que as normas técnicas existentes (NBR 13531 e NBR 13532) que tratam dos conteúdos do projeto arquitetônico não são levadas em conta, mesmo porque são superficiais e pouco conhecidas na medida em que não são exigidas pelos contratantes. As entidades de classe há anos vêm discutindo a necessidade de uma normatização sem, contudo, ter conseguido encaminhar essa discussão de forma ampliada. A AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) elaborou documento explicitando os conteúdos necessários em todas as etapas do projeto arquitetônico, documento este de grande valia aos arquitetos que desenvolvem seus trabalhos com competência, mas que não tem reverberado nas discussões sobre a qualidade dos projetos arquitetônicos.

Talvez não haja interesse econômico das grandes organizações e o estado tem se ausentado dessa discussão, as obras públicas continuam a ser contratadas sobre estimativas de custo elaboradas a partir do chamado “Projeto Básico” (O projeto básico é a solução desenvolvida do ante projeto, já compatibilizadas todas as interferências dos projetos complementares. ... Constitui-se no conjunto de elementos que define a obra ou serviço ou o complexo de obras e serviços que compõem o empreendimento, possibilitando a estimativa de seu custo e prazo de execução. Integra um projeto completo, do qual não se pode dissociar, devendo ser precedido por estudos iniciais e sucedido pelo projeto executivo)[15]. Este é um aspecto que fornece pistas importantes para a discussão da qualidade do projeto, posto que, sabe-se que a origem de grande parte do descontrole do custo final das obras públicas é resultado do detalhamento ou “Projeto Executivo” que é elaborado “a posteriori” e que obriga revisões constantes do custo inicial (o que é de grande interesse das empresas do ramo) . Discutir a existência da figura do projeto básico seria rever toda a indústria da construção civil ligada às edificações de interesse público e poderia contribuir para a discussão da qualidade do projeto arquitetônico, entretanto essa discussão talvez fosse de encontro à interesses econômicos arraigados nesta sociedade.

Isto posto, caberia perguntar: Como discutir a qualidade do projeto sem entrar em aspectos subjetivos?

Dificilmente poder-se-ia discutir a qualidade do projeto arquitetônico a partir de conceitos como emoção, manifestação de espírito ou expressão de uma época[16], assim como é difícil entrar no mérito da relação cliente/arquiteto.

Podemos, entretanto, levantar algumas hipóteses de análise que poderão conferir-lhe condições mínimas de qualidade enquanto proposta para produção do espaço habitado. Não se pretende aqui elaborar um manual de avaliação do projeto arquitetônico, pretende-se somente fornecer algumas pistas para o desenvolvimento de uma reflexão sobre o que se entende por “qualidade” do espaço arquitetônico de maneira a garantir ao usuário condições mínimas e dignas de uso do espaço.

Em primeiro lugar as normas existentes precisam ser exigidas e respeitadas e é necessário que se defina claramente os conteúdos das diferentes fases dos projetos arquitetônicos, assim como dos projetos complementares (os trabalho já desenvolvidos pela AsBEA seria peça fundamental para discussão).

Os órgãos de classe dos profissionais envolvidos com a indústria da construção civil precisam repudiar a contratação de obras públicas sobre projetos arquitetônicos incompletos como são os chamados “Projetos Básicos”, fonte de descontrole de verbas públicas.

As legislações edilícias precisam ser menos estáticas e os projetos arquitetônicos deveriam ser analisados pelos órgãos competentes segundo as condições particulares locais, evitando-se disparates, como por exemplo, os resultantes da implantação de edifícios na Rua dos Franceses ou algumas casas em Cidade Jardim (São Paulo) onde os “subsolos” afloram transformando-se em edifícios de alguns andares.

Mesmo quando a legislação se ausente, os projetos precisam ser analisados segundo aspectos que são comensuráveis, sem entrar no mérito das soluções estéticas ou formais. Existem aspectos que permitem que se discuta o projeto arquitetônico objetivamente, tais como as condições físicas e geográficas do local onde se pretende implanta-la.

Isto posto, segue abaixo identificados alguns itens que influenciam o projeto de uma edificação, que são perfeitamente comensuráveis e que permitem que se estabeleça juízo de valor, pois se apóiam em aspectos objetivos que levam a soluções que podem ser analisadas concretamente, assim:

· Região (em particular a topografia) – “...o sítio é o assento da composição arquitetônica[17] e facilmente percebe-se a adequação da proposta arquitetônica ao terreno. Normalmente uma solução inadequada levará a acréscimos de custos e prazos sendo que, por mais que se tenha uma perfeita gestão da produção dos projetos (arquitetônicos e complementares), o resultado estará prejudicado por um problema de nascimento. Além dos aspectos objetivos tais como movimentação de terra, cortes, aterros, etc. outros aspectos podem e devem estar contemplados na implantação de uma edificação; a paisagem circundante, seja ela urbana ou rural, as massas verdes, as perspectivas possíveis (abertas ou fechadas) são elementos passíveis de análise.

· Insolação – “o clima de uma região predomina sobre todas as coisas[18] e é, portanto, pré condição para a criação de espaços arquitetônicos confortáveis aos seus usuários. Cabe então perguntar: os espaços propostos dão as melhores condições possíveis de conforto para seus usuários? Este é um aspecto de fácil mensuração e é comum observar que os próprios empreendedores constatam esse problema na medida em vendem as unidades habitacionais com piores condições de insolação e ventilação por preço mais baixo que as outras que oferecem em melhor condição. Um mal exemplo pode ser facilmente encontrado em São Paulo, os edifícios de apartamentos com quatro unidades por andar apresentam muitas vezes uma das unidades de cada andar com insolação totalmente insatisfatória (são os apartamentos voltados para o quadrante sul). Observa-se também uma falta de postura objetiva do projetista frente a esse problema, assim encontram-se facilmente edifícios (as vezes de alto luxo) em que se tem dormitórios voltados cada um para uma face e consequentemente cada um com um tipo de insolação, como se o autor do projeto não tomasse uma decisão frente ao problema. São defeitos de nascença, sem remédio e que gestão alguma poderá corrigir. Muitos autores de projetos se defendem desse tipo de crítica apelando para a climatização dos ambientes, principalmente quando se trata de edifício para escritórios, numa atitude inconseqüente frente às fontes de energia e seu uso desregrado (em São Paulo os edifícios “a la” New York, os quais são encontrados por toda a cidade, ignoram completamente as conquistas do movimento moderno da arquitetura brasileira) e em muitos casos esses edifícios são chamados de “inteligentes” mesmo que tenha uma de suas faces, com vidro do piso ao teto, voltadas para o sol poente com todos os problemas que tal posicionamento acarreta.

Além dos aspectos físicos locais acima expostos, pode-se lançar mão de alguns outros que da mesma forma são comensuráveis e potenciais instrumentos para uma análise qualitativa das edificações. Dessa forma, pode-se elencar, dentro outros, alguns tópicos relevantes, tais como:

· Dimensionamento – muitas vezes, numa observação mais crítica e objetiva, percebe-se a inadequação das dimensões propostas. São salas de televisão onde o observador fica extremamente próximo da tela, são dormitórios onde, para abrir a janela, precisa-se subir na cama, são cozinhas onde não se consegue colocar os equipamentos necessários, para não falar nos dormitórios de empregada (nas habitações para classe média) que em função da legislação paulistana passaram a se chamar “depósitos”, mas que, de fato, serão dormitórios e assim por diante. Todos esses aspectos são de fácil constatação e são peças fundamentais para análise do projeto.

· Adequação Tecnológica – este é outro aspecto que pode ser constatado com grande facilidade e que é fundamental para que se garanta a qualidade do projeto. Um projeto estrutural mal proposto pode gerar edificações inadequadas às funções previstas ou incapazes de suportar mudanças ou adaptações. “ A saúde que é preciso garantir num sistema estrutural é da mesma natureza daquela que deve reger o programa e expressá-lo por meio das plantas e dos cortes. É nessas coisa, que não de aparência, mas de essência, que esta sendo decidido o destino da arquitetura.”[19] Existem garagens que não permitem uma adequada circulação dos veículos, assim como pilares mal colocados que impossibilitam a flexibilidade dos espaços propostos. Mais uma vez seria importante lembrar que os conceitos que geraram a arquitetura moderna de “boa”[20] qualidade realizada nos últimos 70 anos levou em conta esses aspectos. Assim como afirma Zanettini, “arquitetura e estrutura nascem juntas e se desenvolvem juntas, uma complementando a outra – o todo arquitetônico se manifesta por sua importante parte e esta, por sua vez, contém o todo[21].

· Pertinência de Matérias, Técnicas e Formas e Economia de Meios – existem edificações onde claramente se percebe total inadequação dos materiais e das formas resultantes. Podem-se verificar inadequações de vários tipos, desde propostas estruturais que não se harmonizam com a forma proposta, até uso de técnicas estranhas ao conhecimento local. Estes são, também, aspectos comensuráveis e de fácil percepção.

· Manutenção – atualmente os aspectos que envolvem a manutenção de uma edificação são importantes na medida em que previnem despesas e garantem a integridade da obra. Os conhecimentos necessários para uma análise qualitativa dos projetos que envolvem a produção da construção civil já são disponíveis e contribuem de forma contundente coma melhoria das edificações. Boas condições de manutenção são fundamentais para o bom desempenho da obra.

· Segurança à Incêndio e Acessibilidade – são também aspectos essenciais no que se refere à qualidade do projeto arquitetônico. Tais aspectos têm sido muito estudados e a legislação e normas vigentes procuram garantir que os projetos não errem nesses aspectos.

A preocupação contida no acima colocado tem como objetivo propor a extensão dos estudos de qualidade das edificações englobando o projeto arquitetônico como elemento chave para o aprimoramento e desenvolvimento da qualidade na construção civil; objetiva também valorizar a arquitetura e o trabalho do arquiteto como conseqüência. È importante salientar a necessidade de se estender essa reflexão para todos os projetos intervenientes na produção das edificações, na medida em que a qualidade arquitetônica depende também da qualidade de todos os projetos complementares. Não foram elencados nesta mesma linha de raciocínio

Bibliografia Citada

ARTIGAS, João B.V.- Arquitetura, política e paixão, a obra de um humanista – Entrevista- (texto de Livia Alvares Pedreira) – São Paulo: Pini, AU, ano 1, jan.85, nº 1, pag. 23

ASBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) – Manual de Contratação dos Serviços de Arquitetura e Urbanismo – São Paulo: Pini, 1992. (grifo nosso)

CUFF, Dana – Architecture: The story of practiceCambridge, Massachusetts: The MIT Press, 1991, pag. 171 (tradução do autor).

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda – Novo Aurélio século XXI – o dicionário da língua portuguesa- 3ª edição.- Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999

HOLL, Steven in: BRAUSCH, Marianne & EMERY, Marc – L’architecture en questions – Paris: Le Moniteur, 1996, pag. 55 (tradução do autor).

LE CORBUSIER, Mensagem aos estudantes de arquitetura, São Paulo: Martins Fontes, 2006. (texto original de 1943).

LEVI, Rino – Técnica hospitalar e arquitetura - Conferência pronunciada no MAM SP –1948 IN DEPOIMENTOS – 1 – São Paulo: Ed. GFAU , 1960

LIMA, Evelyn F. W. – Semeando a boa semente – São Paulo: Pini, AU, ano 3, out-nov.87, nº 14, pág. 30.( tradução do autor)

MAHFUZ, Edison C. – Traços de uma arquitetura consistente – São Paulo, www.vitruvius.com.br, arquitexto nº 016, set/2001

POMPÉIA, Luiz Paulo – Arquitetos x Empreendedores – São Paulo: Revista Tem Construção, nov/dez 2005, ano 12, nº 124, pág. 3.

ZANETTINI, Siegbert – Siegbert Zanettini: arquitetura, razão e sensibilidade – São Paulo: Edusp, 2002, pág. 443



Notas de rodapé

[1] HOLL, Steven in: BRAUSCH, Marianne & EMERY, Marc – L’architecture en questionsParis: Le Moniteur, 1996, pag. 55 (tradução do autor)

[2] ZANETTINI, Siegbert – Siegbert Zanettini: arquitetura, razão e sensibilidade – São Paulo: Edusp, 2002, pág. 443

[3] Id Ibid

[4] MAHFUZ, Edison C. – Traços de uma arquitetura consistente – São Paulo, www.vitruvius.com.br, arquitexto nº 016, set/2001

[5] Op. Cit.

[6] POMPÉIA, Luiz Paulo – ARQUITETOS X EMPREENDEDORES – São Paulo, Revista Tem Construção, nov/dez 2005, ano 12, nº 124, pág. 3.

[7] CUFF, Dana – Architecture: The story of practice – Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 1991, pag. 171 (tradução do autor)

[8] Obs. No Brasil, em função da legislação vigente, muitas vezes o arquiteto é alijado do processo considerando a existência de recobrimento legal entre as atribuições do arquiteto e do engenheiro.

[9] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda Novo Aurélio século XXI – o dicionário da língua portuguesa- 3ª edição.- Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999

[10] Id. Ibid.

[11] LEVI, Rino – Técnica hospitalar e arquitetura - Conferência pronunciada no MAM SP –1948 IN DEPOIMENTOS – 1 – São Paulo: Ed. GFAU , 1960

[12] ARTIGAS, João B.V.- Arquitetura, política e paixão, a obra de um humanista – Entrevista- (texto de Livia Alvares Pedreira) AU, ano 1, jan.85, nº 1, pag. 23

[13] Id. Ibid.

[14] LIMA, Evelyn F. W. – Semeando a boa semente - AU, ano 3, out-nov.87, nº 14, pág. 30.( tradução do autor)

[15] ASBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) – Manual de Contratação dos Serviços de Arquitetura e Urbanismo – São Paulo: Pini, 1992. (grifo nosso)

[16] Obs. Acredito seja importante considerar que qualquer manifestação humana é expressão de sua época, assim como, qualquer edificação existente é um retrato de um determinado momento, na medida em que existe, participa do espaço urbano e interfere na vida local. É importante notar que a arquitetura, entendida no seu sentido mais amplo – espaço físico criado pelo homem - tem sido utilizada como objeto de estudo para o conhecimento das diferentes civilizações e culturas que a produziram.

[17] LE CORBUSIER, Mensagem aos estudantes de arquitetura, São Paulo, Martins Fontes, 2006. (texto original de 1942).pág. 38

[18] Id.ibid. up.cit pág.36

[19] Up cit. Pág.50

[20] Cabe aqui perguntar: o que é boa arquitetura? As palavras “boa” ou “má” arquitetura referem-se a um determinado momento e a um determinado lugar. Está na base da produção arquitetônica uma ideologia , ou seja, uma determinada visão de mundo, a qual, consequentemente, gera seus próprios instrumentos analíticos que possibilitam identificar as coisas “boas”.

[21] ZANETTINI, Siegbert – Siegbert Zanettini: arquitetura, razão e sensibilidade – São Paulo: Edusp, 2002, pág. 443

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